É muito importante saber quais as causas e os diagnósticos da leishmaniose canina
No último texto, nós explicamos o que é uma leishmaniose canina, mas não custa lembrar que ela é uma infecção parasitária que ataca o sistema imunológico do animal.
Hoje nós vamos aprofundar ainda mais o conteúdo e explicar quais as causas da doença e como é realizado o diagnóstico no animal. Vamos descobrir?
Quais são as causas?
Quando falamos em leishmaniose, muita gente acredita que a principal causa é transmissão de animal para animal. Porém, isso é errado, visto que não há a possibilidade de um animal infectado transmitir a doença.
No Brasil, a transmissão da leishmaniose canina ocorre somente através da picada do mosquito Lutzomyia longipalpis. Além desse nome complicado, ele é conhecido como mosquito-palha, birigui ou tatuqueira.
Ao picar um animal infectado, a fêmea do mosquito ingere a leishmania e a transmite para outros animais por meio da picada.
A incidência da leishmaniose canina tende a aumentar em locais nos quais as condições sanitárias são precárias como: encostas de rio, matos ou praias ou ambiente que não estão bem higienizados como galinheiro e chiqueiro. Isso acontece porque o mosquito-palha põe seus ovos em locais ricos em matéria orgânica.
Portanto, se o seu animal apresentar alguns dos sinais que já apresentamos no texto anterior e, por ventura, ele tiver tido contato com alguma das possíveis regiões de risco, fique atento e leve-o ao veterinário o mais rápido possível.
Como é feito o diagnóstico?
A observação clínica do veterinário é a primeira forma de realizar o diagnóstico, porém, é por meio de exames laboratoriais que a confirmação da leishmaniose canina acontece
A histopatologia é um dos exames mais confiáveis, no qual um pequeno fragmento do corpo é retirado, como um pedaço de pele, e enviado ao laboratório. Durante o exame, as células serão analisadas através de um microscópio.
Outro diagnóstico muito comum é a realização da citologia aspirativa. Por meio de uma agulha, o veterinário aspira as células de determinado órgão para avaliação. Assim que o parasita é visualizado, a leishmaniose canina é diagnosticada.
Entretanto, ambas as formas possuem desvantagem, pois caso a amostra retirada não contenha o protozoário da leishmaniose, a doença não será encontrada. Isso acontece principalmente quando a infecção está no início.
Existem outras formas de diagnosticar
Além desses dois exames que explicamos, ainda é possível diagnosticar a leishmaniose canina por meio da coleta de sangue e testes sorológicos.
O teste sanguíneo é rápido, mais ou menos da mesma forma como é realizado o exame para identificar o tipo de sangue que possuímos. Uma gotinha de sangue é misturada a uma solução para checar se há ou não reação com o anticorpo. O resultado é obtido em poucos minutos e utilizado como uma forma de triagem.
Infelizmente o diagnóstico da leishmaniose canina é complexo e nenhum exame é totalmente confiável, pois todos possuem margens de erro. Essa porcentagem de falhas dificulta o processo e nesse momento o veterinário pode auxiliar como a forma de escolher o melhor diagnóstico.
Agora que você já sabe quais são as causas e os diagnósticos, é essencial ficar atento aos locais por onde passeia com seu animal e se ele apresenta algum sinal de infecção. No próximo texto, nós lhe auxiliaremos a como prevenir a leishmaniose canina, fique atento.